terça-feira, 7 de outubro de 2008

Das minhas críticas ao meu Cristianismo e enquanto Cristão que sou

Por quê este Título (e este Texto)?

O Cristianismo é um religião considerada heresia pelo Judaísmo visto que os cristãos cometem segundo seu parecer Avodah Zarah, isto é, culto estranho, o que não deixa de ser verdade segundo a sua própria concepção religiosa. A polêmica religiosa com relação ao cristianismo é gritante, o Jesus histórico é um mito ou um homem de carne e osso, "Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem"?
Existe uma disputa dialética referente entre a fé e a razão. Perguntas pertubadoras florescem em meio a questão de Jesus Cristo e, junto com ele, de outros personagens bíblicos neo-testamentários.

Antigamente, eu acreditava piamente na Messianidade Ortodoxa de Nosso Senhor, hoje minha fé quer respostas a questões levantadas.

Essas questões foram levantadas por mim? Respondo que não! A verdade é que as questões levantadas pelos Judeus quanto a Messianidade Ortodoxa de Jesus é embaraçante, todos se perguntam por que os judeus não se converteram ao Cristianismo, mas a verdade é que maioria daqueles que entram em contato com eles, sofrem uma transformação em seu próprio sistema de crenças, fazendo-os desistir de sustentar a sua crença em Jesus Cristo, pois os Judeus que se prezam em zelar as suas próprias tradições religiosas são teologos e exegetas muito mais coesos, rigorosos e precisos que os cristãos, em sua maioria, formada de pessoas reles (no sentido de mediocridade) e simples, sem verdadeira cultura para o desenvolvimento do Espírito e do intelecto e o embate entre o Cristianismo e o Judaísmo, no campo das idéias parece ser fatal para o primeiro, afinal os cristãos não tem o costume de ler a sua Bíblia (teoricamente adulterada visto que o Cristianismo Original pelo que parece se refere a uma tradição mítica de caráter oral, e os seus hagiografos [aqueles que a escreveram], não estavam muito interessados em sua precisão histórica ou mesmo literária), e já os judeus praticantes em sua maioria, estudam a Tanack e diversos outros livros ligados a sua Tradição Religiosa, ligados a ortodoxia e precisão da sua língua sagrada (o "Lashon ha-Kodesh"): o Hebraico antigo. Os Judeus enquanto povo hoje, são uma civilização á parte da Ocidental, e contam já com quatro mil anos de história.

Eles rechaçam a Jesus Cristo baseados em suas próprias Escrituras e defendem sua tese com argumentos firmados em uma solidez lógica inabalável. O esmero nos estudos das origens do Cristianismo levará o Cristão a "beber das fontes de água judaica", e é aí que reside o problema ou a solução da ignorância. O movimento chamado "Judaísmo Messiânico" desenvolvido por várias Igrejas Protestantes está criando um contra-movimento (algo como "um tiro no pé") de conversão judaica daqueles cristãos que se aprofundaram no contato com os Judeus e com a Cultura Judaica.
São estranhos, esses dias de hoje. Antigamente, um cristão católico apostólico romano que viesse a estudar um pouco a Bíblia Sagrada sozinho, viria fatalmente a tornar-se cristão de alguma igreja denominacional protestante, e se estudasse mais um pouco, ou se aprofundasse mais um pouco, retornaria novamente a Una e Santa Madre Igreja ou se tornaria um apóstolo do ecumenismo entre cristãos (um buscador da Unidade da Igreja - Corpo Assembleiástico de Nosso Senhor Jesus Cristo). Hoje, pastores protestantes e mesmo ocultistas que entram em contato com o Judaísmo, estão igualmente se convertendo a ele.

A Igreja Cristã é verdadeiramente uma Escola de Mistérios Iniciáticos, o Novo Testamento é um conjunto de estórias (falei estórias, não fatos históricos) de valor simbólico e moral. Os hagiógrafos (ou melhor dizendo os hierógrafos) estabeleceram os livros do Novo Testamento com o desejo de transmitir um ensino de uma filosofia de vida codificada e não se preocuparam com que estes escritos tivessem exatidão histórica e mesmo doutrinária, sendo isso verificável a partir das Memórias dos Apóstolos que nasceram a partir dos logia (sentenças) e parábolas de valor iniciático coletados de personagens históricos que depois vieram a se constituir em um relato bio-historiográfico de um Mito apócrifo saído do povo judeu e tido enquanto Hero Cultural com ciclo de Lendas e com um colégio de seguidores formadores de uma Ordem ou seita marginal.

Das Dicotomias
As dicotomias do tipo a versus b e suas disputas apologéticas demonstram claramente os erros que se escondem entre as instituições:
Judaísmo versus Cristianismo: Os Judeus vêem muitos empecilhos quanto a possibilidade do Cristianismo ser uma continuidade de sua própria Aliança. Segundo a opinião deles, o Cristianismo configura-se mais como uma continuidade do Zoroastrismo (que possui ramificações religiosas distintas como o Zurvanismo e o Mitraísmo) acrescido das doutrinas de seus próprios reformadores religiosos (tais como Mazdec, Mani e outros [incluindo aí também o *** que seria o suposto fundador da Comunidade dos Essênios. O essenianismo se caracteriza como sendo uma seita Zoroastrista reformada que assimilou o Judaísmo de forma exotérica, sincretizando-se a ela. Talvez suas origens podem remontar a conquista da Babilônia por parte de Ciro, o rei medo, quando libertou os Judeus do Cativeiro e estes retornaram a Palestina. Segundo os Judeus, Jesus Cristo não se configura como Maschiach dos Judeus mas sim como Maschiasch dos Zoroastristas, visto ter-se nela a Doutrina do Dualismo ou da Dicotomia de Forças com Ormuz ou Ahura-Mazda vs. Ahriman ou de Deus vs. Diabo, a qual os Cristãos atribuem o Bem a Deus e o Mal ao Diabo.
/A Questão do Estudo. Os cristãos têm um defeito extremamente grave, que é do não estudar as suas Escrituras e as de outros povos. Os Judeus são nitidamente mais versados em sua Tanack e no Novo Testamento Cristão que os Cristãos agora citados. Os Judeus bebem diretamente de sua fonte, suas Escrituras são mantidas no Original Hebraico, língua hieroglífica estabelecida desde sempre e baluarte harmônico de sua Tradição Religiosa, cujos sentidos gramático, etimológico e lexicológico são totalmente desconhecidos dos Cristãos, que se multiplicam em seitas e desconsideram o estudo da História da Igreja e dos Patriarcados do Cristianismo Primitivo, da Cultura Judaica, do Hebraico, do Grego e do Latim, dentre outras coisas. Acusação dos Cristãos de que os Judeus não crêem em Jesus Cristo por influência dos Rabinos é de uma estupidez sem tamanho. Se os Rabinos ensinam seus discípulos sistematicamente a compreender, a defender e a honrar as suas Tradições Espirituais é por que eles levam o dever de "manter a sua Tradição Religiosa" com muito mais seriedade e responsabilidade que os Padres, Metropolitas ou Pastores protestantes Cristãos. Os Judeus Religiosos são aptos nas mais variadas ciências e línguas. Os Padres e Leigos que ministram ensinos de Catequese trabalham pelo obscurantismo e pela ignorância no seio das massas (ou dos rebanhos) pertencentes á Igreja, censuram toda busca nascida de inquietudes espirituais autênticas e combatem qualquer esforço investigativo por parte de seus Fiéis Leigos em fase de crescimento, na obtenção da Verdade. Nesse caso, há uma alienação gritante entre os povos cristãos apoiada pela ditadura da Igreja, como bem diria Wilhelm Reich.
Eu não nego que a Autoridade Espiritual é um Bem que só pode estar de posse nas mãos de um Mestre, mas esse chamado a ser Mestre está no coração de todos os homens, se há um medo em relação á esse Bem ou Dom, é por que as pessoas não querem assumir auto-determinação pelas suas vidas espirituais, devido as conseqüências transformadoras que delas decorrem enquanto modos de sofrimento ou de "sentir a Vida". O Cristão deve saber que o Pastor e a Ovelha, são lados da mesma Moeda, e não que deve haver um só Pastor ou Pescador de Homens que são Ovelhas no sentido negativo do têrmo (homens que agem como bestas irracionais e estupidas roubadas e mortas pelo ladrão que se apresenta como pastor para tomar conta delas). Que cada Cristão seja Pastor zeloso do cuidado de sua própria Ovelha - símbolo de sua própria Alma)!
/A Questão da Teologia. Verificando a temática da Teologia Sistemática Cristã, bem se vê quais os tipos de erros em que os Cristãos incorrem em se aventurarem a perguntar a um Judeu por que é que ele não crê que Jesus seja o Maschiash Judaico, e a resposta ser simplesmente por que ele não o é. Na Teologia Sistemática Cristã, parece que ninguém pensou em desenvolver um estudo de Teologia Sistemática Judaica a parte da Cristã, e isto é um erro grosseiro, visto que o Judaísmo é uma religião que basta-se a si mesma, e é o Cristianismo que emerge dela como seita marginal vindo a pegar carona em suas escrituras, o Cristianismo se coloca cumprimento e como continuidade, como dependente ou derivado do Judaísmo, mas o Judaísmo de quem se coloca como derivado ou dependente? Naturalmente do Cristianismo é que não é! Na Teologia Sistemática Cristã você vai estudar as Pessoas da Santíssima Trindade, a Igreja, a Vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Deus Uno, o homem enquanto criatura perante Deus, a salvação humana, o fim da Era atual, a Virgem Maria, as afirmações da Teologia Dogmática Cristã etc; mas em nenhum momento, você ouve falar de um estudo particular do Canôn Judaico: do Mundo Porvir, do Maschiash Judaico, das Alianças, de Moisés, da Terra Santa e Prometida, do Templo do SENHOR, de Israel enquanto o Povo Eleito, das Tribos de Israel e de suas aventuras, da Língua Sagrada, da Lei Escrita e da Lei Oral, das Festas Judaicas, do Sinédrio, das Sinagogas etc, ou seja muita coisa é ignorada da parte dos Cristãos em relação aos Judeus (lâmpada de Daví) e as demais tribos de Israel. Deliberadamente, parece que aos Cristãos Leigos não convém estudar os Judeus a fim de precisarmos e vermos exatamente as diferenças vislumbradamente irreconciliáveis entre o Judaísmo e o Cristianismo, coisa que para mim é dolosamente lastimável.
Nomos versus Charis: A Lei deve ser observada e seguida na sua totalidade, e o fato da Graça manifestar-se aos Rebentos não significa que a Lei deva ser abolida. Cada Aliança embasa-se verdadeiramente pela ratificação e complementação da Aliança anterior. Existem muitos preceitos da Lei que se fossem observados pelos Cristãos, fariam com que acontecesse duas coisas possíveis ao Cristianismo: ou que ele se anulasse por si mesmo devido as incongruências entre o Antigo e o Novo Testamento, ou pelo contrário que ele vicejasse realmente do jeito que deveria, devido ao fato dos crentes dessa religião alcançarem realmente a consciência a respeito daquilo que deve ser feito com ela. Infelizmente, o início da Igreja, na minha visão particular, já foi comprometida logo de cara pela disputa entre pró-judaizantes e anti-judaizantes, em que o último partido venceu e rompeu com a Cultura Judaica, berço da religião Cristã. Se "é mais fácil passar o Céu, e a terra do que cair um til sequer da Lei", por que romperíamos com os mandamentos do Brit Moshê (escritos no Sepher-ha-Torah)?
Pistis versus Gnosis: O Dogma ou artigo de Fé - Pistis deve ser estabelecido sobre as bases do Dorema que é a Razão - Logos e da prática que é a Ciência - Logia enquanto busca da Verdade que é Aletheia. Mithos pode revestir ou esconder Aletheia, mas Mithos jamais poderá ser tomado como Aletheia. Pistis se fundamenta sobre Empiros que é o método para aquisição da Gnosis que é a apreensão de Aletheia. Pistis deve firmar-se sobre Aletheia, e jamais sobre Mithos.
Igreja Católica Apostólica Romana versus Igrejas Ortodoxas Autocéfalas (ligadas ao Patriarcado Ecumênico de Constantinopla):
Igreja Católica Apostólica Romana versus Igrejas saídas da Reforma Protestante:
Igrejas Ortodoxas Autocéfalas (ligada ao Patriarcado Ecumênico de Constantinopla) versus Igrejas saídas da Reforma Protestante:
Judaísmo versus Franco-Maçonaria Especulativa: Ambos possuem tradições em comum, sobretudo as derivadas em especial do escocismo (nome que se dá ao esoterismo templário ressuscitado e novamente sistematizado) assimilidado pela Maçonaria logo após a extinção da Ordem Militar dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Jerusalém, que evoca a lenda do cavaleiro Larminius, que fugiu para a Escócia e se ocultou no seio da corporação de pedreiros, logo desenvolvendo tradições Templárias dentro desta.
/A Lenda do Terceiro Grau. Esta lenda evoca a Hiram Abif, o arquiteto do Primeiro Templo de Jerusalém/BethHa-Mickdash, edificado na época a mando do Rei Salomão/Schlomo para adoração do Deus Único, centro da união espiritual e cultural do Povo Hebreu, e o dever tradicional da Franco-Maçonaria em empreender todos os esforços no sentido de auxiliar a Israel na construção do Terceiro Templo, cujo funcionamento é símbolo de um tempo Messiânico.
Cristianismo versus Franco-Maçonaria Especulativa: Lembremos tradicionalmente que a Franco-Maçonaria enquanto Confraria de Ofício nasceu na Idade Média, e era essencialmente uma espécie de extensão do Cristianismo vigente na época, mas dado as reformulações e o subseqüente desenvolvimento da Maçonaria em seu caráter Especulativo, também acompanhou-se a reaquisição de hábitos salutares que existiam nos primórdios da Igreja Cristã em Roma por parte da Maçonaria, e falo isso de uma forma enfática referente a Disciplina Arcani. Os outros me perguntariam: mas o que significa a "Disciplina Arcani"? A Disciplina Arcani não é nada mais nem nada menos que a preservação dos Mistérios Iniciáticos Cristãos, ou seja, as cerimônias de recepção dos Sacramentos e dos Sinais Sacramentais, interditados ao vulgo, ao populacho. Ora, é sabido historicamente de dados como os três anos de catecumenato, período de observação daqueles que se candidatavam ao Batismo, a meia participação a Santa Missa, dividida outrora em três segmentos, á saber: Proscomídia (Preparação da Assembléia), Missa Dos Catecúmenos (os catecúmenos assistiam uma parte da Liturgia, talvez até certa parte da Liturgia da Palavra, e logo depois eram convidados a se retirarem dos momentos apoteóticos mais sublimes, em que entrava-se no caráter mistérico do Culto como a recitação do Símbolo dos Apóstolos em diante) e Missa dos Fiéis.
Vemos hoje por exemplo, nas diferentes Igrejas Denominacionais Cristãs, a balbúrdia e a falta de tato no que se refere a reverência para com o Culto Cristão:
/Portas abertas ao Público durante todo o Culto. Cachorros, bêbados e profanos de todos os tipos entram dentro do Templo e perturbam o Culto, e todo mundo ainda pensa que isto é normal e bom. Em uma Loja Simbólica da Franco-Maçonaria, o "Templo" está "à coberto". Na Antiguidade Cristã, a Igreja Local também ficava "à coberto", ainda mais com as perseguições da Roma Pagã tendo em vista a destruição da Igreja, pois segundo seus perseguidores, a Igreja era uma seita extremamente perigosa para o Império, opinião essa que não deixou de ser verdadeira, pois a incrível Pomba do Espírito Santo demonstrou ter a capacidade de dominar e elevar-se acima das Águias Estatais constituídas pelos grandes impérios do mundo. As portas abertas ao longo do Culto devido a Deus são um erro, e o que deve ser estabelecido é um horário de entrada de uns trinta minutos antes do Culto para a preparação espiritual da Assembléia que participará assistindo-O, tempo este em que uma vez findo, o Guardião ou Cobridor deve fechar e trancar à chave as portas da Igreja, quando a ninguém mais deve ser permitido sair ou entrar, a menos se alguém passar mal ou segundo a ocorrência deste evento dentro da estrutura do Ritual.
/Crianças pequenas e de colo são levadas pelos pais ao Culto. Crianças fazem baderna e atrapalham na atenção que se deve dedicar ao Culto. Em Ordens Iniciáticas é vedado a entrada de crianças, pois estas não têm capacidade para compreender o simbolismo e o cerimonial do Culto celebrado e ministrado. Na Franco-Maçonaria, sua entrada só se dá em ocasiões especiais, algo como no "Ato ou Cerimônia de Adoção de Lowtons". Na Igreja, lendo-se os Atos dos Apóstolos, fala-se que São Pedro em uma ocasião outorgou o Batismo a cerca de três mil pessoas de uma só vez, contando-se homens, mulheres e crianças, mas isso não significa em nada que uma criança de peito tenha consciência da pregação que é feita de um púlpito, os Cultos não tratam da educação de crianças e sim de homens e mulheres que buscam adquirir uma maior consciência do seu papel na Vida e enquanto Filhos e Filhas do SENHOR, e que visam gozar de seus plenos direitos e deveres espirituais. Aqui deve ser dito que todos devem saber que a autêntica Iniciação é o corolário de toda Educação (embora nem todos os homens e mulheres que estão em fase adulta, se interessam realmente pelos rigores da Iniciação, pelo Caminho Espiritual assumido conscientemente, e do Sentido Primordial de Paidéia, tal como é visto entre os gregos antigos.
/Vestimenta profana. Quanto a isso, se vê em algumas Igrejas Denominacionais um bom gosto quanto a vestimenta indumentária, tal como na Congregação Cristã do Brasil, onde os homens vestem-se com costumes coloridos e as mulheres usam véu e saia, e do outro, como na Igreja Católica Apostólica Romana, em que você encontra Cristãos Leigos totalmente alienados do seu caráter Sacerdotal dentro da Igreja ao assistir a Santa Missa, com homens e mulheres que se vestem como se estivessem indo a praia ou à um Clube Noturno, (se bem que a partir do desleixo das roupas utilizadas no Culto Cristão já se pode muito bem apreender o tipo de comportamento desregrado e falta de consciência e conhecimento de causa relativo aos seus próprios artigos de Fé, simplesmente porque isso é deixado transparecer). Na Franco-Maçonaria usa-se o costume preto e em circuntâncias especiais, o balandrau, já aqui dando-se uma idéia de unidade e organização entre os Maçons Especulativos ( sem se entrar nos diferentes adereços de cada grau de um Rito em particular e cujos comentários se estenderiam ad Infinitum). O que se quer colocar aqui é a necessidade de respeito a formalidade e a sobriedade no ato de se vestir e de se estar devidamente trajado dentro do Culto Cristão, pois quando você não observa o simbolismo do traje, a etiqueta ritual, o respeito ao horário estabelecido para o início do Culto, a interdição de pessoas estranhas ao Culto ministrado, você está trabalhando e contribuindo pela decadência de sua Tradição Espiritual e Religiosa.
/A Mudança de Interpretação no Conceito da Pedra Angular. A Pedra Angular é tida nos Evangelhos como um símbolo de Jesus Cristo, e essa sua referência simbólica foi perdida no seio da Franco-Maçonaria devido a seu processo de descristianização quando esta veio a tornar-se especulativa e laica, avessa a uma orientação religiosa específica. Isso traduz grandemente o indiferentismo religiosos de que os membros da Franco-Maçonaria são acusados.
/A Proibição Formal de Fazer-se Menção a Deus de Modo Religioso. A congregação maçônica é proibida de referir-se a Deus de qualquer outro modo que não seja o nome de Grande Arquiteto do Universo, embora muitos o interpretem como o Símbolo da Inteligência Coletiva que move a supracitada Ordem. Ou seja, perdeu parte de sua tradição como aquela conservada pelas Old Charges como o Manuscrito Halliwell ou os Estatutos de Bolonha, que ligam (ou ligavam) a antiga Franco-Maçonaria, dita Operativa, declaradamente a Igreja Católica.
Dos Cinco Patriarcados Antigos
Patriarcado de Alexandria: Este Patriarcado evoca o estudo do Hermetismo como o conjunto ou síntese de Doutrinas próprias das Escolas de Mistérios do Egito, a língua copta (que nada mais do que o egípcio falado por essa brilhante Civilização erguida as margens do Nilo), o neoplatonismo de Amônio Saccas, e a seita dos Terapeutas, associados no Ocultismo como uma vertente de Essênios.
Existe ainda a lenda relacionada a São João Marcos, um dos supostos evangelistas que segundo a Sagrada Tradição, é referenciado como o Primeiro Bispo de Alexandria e que batizou um sacerdote egípcio de nome Ormus ou Ormissus, que acabou cristianizando toda a tradição de mistérios da terra dos faraós.
A Escola Catequética de Alexandria
Patriarcado de Antioquia:
Patriarcado de Jerusalém: Este Patriarcado evoca o estudo dos Judeus, de sua Cultura e Religião visto ser o berço primário do Cristianismo, deve-se focar no estudo da Tanack em Hebraico, das seitas Minim (de Judeus-Cristãos, ou seja, daqueles que aceitavam a Messianidade de Jesus, observavam os costumes judaicos e que rejeitaram a apostasia e a pregação falada e escrita de Paulo de Tarso): dos Notzrim (dos "Nazarenos" cujo significado nominal é rebento ou renovo), dos Evionim (dos "Pobres"), dos Perushim (chamados "farizeus"no Novo Testamento), dos Tzadokim (chamados "saduceus" no Novo Testamento), dos essênios, dos galileus, dos hemerobatistas, dos masboteus e dos samaritanos.
Este Patriarcado evoca o estudo de Yeshu ha-Notzrim, ou Yeshu Ben Stada, ou Yeshu Ben Yoseph-Pandera.
Samaritanos:
Notzrim:
Evionim:
Essênios: Os Essênios são uma seita de caráter monástico e ascético, fundada por um líder pseudo-messiâncio apelidado Mestre da Retidão mais ou menos em 150 a.C e que existiu enquanto comunidade até os anos por volta da 1°. Guerra Judaica, em 70 d.C, totalizando aí um período de 230 anos.
Esse líder era creditado como rival dos Macabeus, ao qual um dos líderes seja considerado pelos mesmos o dito Sacerdote da Iniqüidade, e se isto for verdade, constataria-se em primeiro lugar, que esta forma particular de Judaísmo era desligada das seitas relacionadas ao Templo de Jerusalém como os Tzadokim e os Perushim.
As escrituras com as quais estes grupos trabalharam sugerem na verdade serem uma forma sincrética de Judaísmo mais outras tradições, baseando-se no fato de que entre seus escritos descorbertos nas cavernas de Quram, haviam tratados de fisiognomonia associados a cartografia horoscópica (isto é, um ramo da astrologia ligada as predições simbólicas derivada da feitura e leitura da carta natal da pessoa) e isto pode ser evidência de sincretismo com religiões outras, ou simples aculturação de outras civilizações, sendo talvez efeito do Helenismo oriental, uma vez que ainda não sei se a tradição cabalística dos Perushim abordam questões astrológicas dessa natureza, e se no caso afirmativo, buscar saber quem teria recebido o ensino de tal arte de quem.
O meu parecer fica por enquanto como sendo possível influência mazdeísta, visto o rigorismo ascético de suas práticas, e a possibilidade de vida celibatária (elemento não tradicional do Judaísmo).
Galileus:
Hemerobatistas:
Masboteus:
Patriarcado de Bizâncio/Constantinopla:
Patriarcado de Roma: Este Patriarcado evoca o estudo da Civilização Romana, da língua latina, do cultos mistéricos que se celebravam em Roma entre o século I e III da Era Cristã: o de Mitra, e o do Sol Invictus (culto de reverência aos deuses solares no paganismo politeísta de caráter antropomórfico) e absorção desses cultos pagãos pela Igreja Cristã, do Direito Romano, da Organização da Igreja enquanto Ordem Secreta na época da sua ilegalidade e das grandes perseguições movidas contra os Cristãos, da Identificação da Igreja com o Estado Império local.

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